Música instrumental "Carinhanha" foi composta por Dilermando Reis em 1971

Um dos mais belos concertos para violão executados por um compositor brasileiro tem o nome de "Carinhanha". A composição é uma das faixas de um disco clássico de Dilermando Reis, lançado no ano de 1971, pela gravadora  CONTINENTAL(veja a lista das outras faixas logo no final desta notícia).

Quem foi Dilermando Reis - um pouco da vida e obra

Dilermando Reis foi um violonista e compositor brasileiro, nascido em 22 de setembro de 1916 em Guaratinguetá/SP e falecido em 2 de janeiro de 1977, no Rio de Janeiro/RJ. Começou a estudar violão com o pai, o violonista Francisco Reis, ainda na infância.

Em 1931, aos 15 anos de idade, Dilermando já era conhecido como o melhor violonista de Guaratinguetá.

Em fins da década de 30, envolveu-se num caso amoroso com Celeste, companheira de seu ex-professor Levino Conceição. O casal passou a residir na Rua Visconde de Niterói, próximo ao Morro de Mangueira. Viveram juntos por toda a vida.

Um dos mais importantes violonistas brasileiros, atuou como instrumentista, professor de violão, compositor, arranjador, tendo deixado uma obra vultuosa, versátil, composta de guarânias, boleros, toadas, maxixes, sambas-canção e principalmente de valsas e choros.

 Iniciou sua vida profissional aos 18 anos de idade. Segundo seu relato ao Jornal do Brasil, naquela época as lojas de instrumentos musicais mantinham professores de música que ajudavam a aumentar a clientela. Deu aulas numa loja na rua Buenos Aires, depois foi apresentado por um aluno ao dono da loja "Ao Bandolim de Ouro".

Em 1940, transferiu-se pra a Rádio Clube do Brasil. Nesse mesmo ano, formou uma orquestra de violões (composta de 10 violonistas), à qual acredita-se que tenha sido uma das primeiras do gênero. Atuou com êxito na Rádio Clube e também Cassino da Urca.

Em 1956, assinou contrato com a Rádio Nacional, com o programa "Sua Majestade, o Violão", nos primeiros anos apresentado por Oswaldo Sargentelli e posteriormente por César Ladeira. Na década seguinte, de 60, gravou vários LPs.

Em 1972, gravou o LP "Dilermando Reis interpreta Pixinguinha", e em 1975 lançou "O Violão Brasileiro de Dilermando Reis" ambos pela Continental. Em alguns de seus LPs foi acompanhado pelos grandes violonistas Horondino Silva, o Dino Sete Cordas e em outros por Jaime Florence, o Meira. Além de sua vasta obra, Dilermando deixou inúmeros arranjos editados.

Na década de 90, o violonista Genésio Nogueira iniciou uma coleção de LPs e CDs dedicados à obra do compositor.


Para baixar o disco completo do violonista, contendo a faixa "
Carinhanha", acesse o link: http://www.4shared.com/rar/jQ4mXEXq/dilermando_reis_carinhanha.html?

Praia do Pontal é o point do verão de Carinhanha, mas carece de infraestrutura

Foto: João Miguel/Jornal Folha do Vale
Um dos principais pontos turísticos da cidade de Carinhanha, a Praia do Pontal reúne em um só lugar a beleza de dois rios: o São Francisco e o Carinhanha, este fazendo a divisa entre Carinhanha e Minas Gerais (cidade de Juvenília - MG).



Trata-se de uma das principais belezas naturais do Vale do Vale do São Francisco, este rio abençoado que banha diversos Estados do Brasil. O local continua atraindo centenas de pessoas nos finais de semana e um número ainda maior nos feriados.

Sujeira

Foto: João Miguel/Jornal Folha do Vale
A Praia do Pontal, no entanto, sofre por conta de duas situações: a falta de conscientização da população visitante, que insiste em dar ao lixo e dejetos (despejar fezes e urina dentro dos rios é algo comum) o destino correto; e a falta de conscientização do poder público, pois tem a obrigação de, a partir dos nossos impostos, cuidar melhor daquele espaço turístico e de lazer.

A opinião pública organizada, inclusive, tem demonstrado certa insatisfação com o estado precário da Praia do Pontal. Ela pode estar com os dias contados, devido à falta de manutenção e limpeza completa.

Segundo o Folha do Vale, um dos principais blogs noticiosos da região de Carinhanha, Malhada e outras, “a ineficiência da Administração Pública é a principal queixa de carinhanhenses e turistas, que reclamam sobre a insegurança, a baixa qualidade dos serviços oferecidos (alimentação, inclusive) e o desperdício de beleza natural”.

"Os problemas são os mesmos de  sempre em Carinhanha: praia, barracas, segurança. Isso preocupa a  gente. O turista é exigente, quer encontrar uma cidade melhor estruturada até a estrada que dar acesso a essa beleza não existe" desabafa o periódico online.

Um outro fator preocupante é a violência. Embora Carinhanha não chegue a registrar muitos casos de ocorrências, a insegurança reinante na Praia do Pontal significa que todos os visitantes vivem ali em completo estado de medo - um medo muitas vezes atenuado pela sensação de alegria, lazer que o ambiente proporciona.

Como se não bastasse, em um local onde a presença de crianças e adolescentes (ou mesmo de gente que exagera na bebida) não se encontra sequer um salva-vidas credenciado.
Divulgação: internet

Prefeito, vice-prefeito e vereadores da gestão 2013/2016 - Carinhanha - BA

O atual Prefeito da cidade de Carinhanha é o Sr. Paulo Elisio Cotrim, popularmente conhecido como "Paulo da Yonara). Tem 57 anos de idade (21/07/1957) e é natural de Guanambi/BA. Sua ocupação primária é como empresário e possui o nível superior incompleto, não tendo concluído o curso de Direito. Os contatos do Prefeito são: e-mail: gabinete.carinhanha@gmail.com, (77) 3485-3102

O vice - prefeito é Raimundo Nonato Pires Magalhães, coicidentemente com 57 anos de idade (26/04/1957), e natural de Palmas de Monte Alto/BA. Também é empresário e possui Ensino Médio Completo.

 A Câmara de Vereadores de Carinhanha possui atualmente 12 parlamentares, que são nominalmente os seguintes: 

Prefeito de Carinhanha 2013/2016
1. ADIRLAN SOARES CARDOSO - PP (PRESIDENTE)

2. EVÂNIA DA SILVA NEVES   -  PRP

3. RONALDO MOREIRA TEIXEIRA CASSIANO – PT (LICENCIADO)

4. DOMINGOS ALVES MOREIRA PDT (SUBSTITUIU POR MOTIVO DE FALECIMENTO - ANDRIC DE SOUZA COSTA)

5. JOSINA MOREIRA DA SILVA – PT

6. JUNIO SOUZA GUEDES – PSDB

7. JOSÉ RICARDO PEREIRA DA COSTA – PSB

8. VALDIR MOREIRA GONÇALVES – PDT

9. EDIVALDO MOREIRA DE MELO  -   PT

10. ANTONIO RODRIGUES NETO – PP

11. JOÃO CORDEIRO DO NASCIMENTO NETO – DEM

12. IRACEMA LOPES DA SILVA-PT (Assumiu Vaga Ronaldo)

Fonte: Prefeitura de Carinhanha

Bandeira de Carinhanha - história

Aos carinhanhenses que não conhecem a história recente ou passada de sua cidade, eis aqui a imagem da bandeira do Município.

Ao centro está o brasão, nas cores marrom, vermelha, azul, verde e branca. É possível visualizar o arco e flexa, pássaros, peixes, que são símbolos que delimitam a nossa origem, a nossa fundação (raízes indígenas e ribeirinhas).

Demais partes da bandeira seguem a tendência da nossa bandeira nacional, com os tons em verde e amarelo.


http://carinhanha.no.comunidades.net/fotos-de-carinhanha

Ouça o Hino de Carinhanha, na voz do seu historiador ilustre

Acompanhe o músico Honorato Ribeiro, com a letra do Hino, disponível aqui








Você conhece a letra do hino de Carinhanha - BA? Veja aqui

À margem do São Francisco
Está a linda cidade;
Nome que vem de uma ave,
Que dorme em tranqüilidade,
Na esperança do porvir
De heróis de capacidade

Eu te amo, Carinhanha,
Dentro do meu coração,
Tu és a minha primavera
Florida numa canção,
Cantada numa harmonia,
No meio desta Nação.

Princesa Sanfranciscana,
Que ganhaste o trono em luta,
Dispersando os filhos teus,
No passado a tua conduta,
Tristonho, quebraste o elo
Duma amizade caduca.

Tu és a deusa Euterpe
Com o luar cor de prata,
Onde a riqueza folclórica
Reina qual a verde mata;
Tuas festas é tradição
De um povo que vibra em massa.

Teu céu é mais azul,
Nos confins do meu Brasil,
No Rincão do Velho Nilo,
Teu gigante e varonil,
Povo humilde, bravo e forte
Do Sertão és o perfil.

História pregressa de Carinhanha - BA (antes de 1709)

Contamos um pouco da história de Carinhanha, a partir do começo do século XVIII, mas e o que aconteceu antes? Este breve relato oficial busca resgatar parte desse período.

Após a invasão dos portugueses em terras antes nunca pisadas por homens brancos, isso em 22 de abril de 1500, no caso do Brasil, começaram efetivamente as ocupações dois anos mais tarde. O sistema de distribuição dessas terras, foi por um instrumento denominado Carta Régia.

Assim, o então Brasil foi dividido em doze Capitanias Hereditárias e um sem número de Sesmarias, que eram pedaços de terra de extensão indefinida, dentro das Capitanias, em que o sesmeiro deveria cumprir certas obrigações, como o envio de árvores de valor para a construção naval na metrópole.

De posse dessas Cartas Régias, duas famílias que se tornaram poderosas pela extensão de terras conquistadas e pelos currais de gado montados pelo interior, passaram a disputar com os índios confederados as terras do Vale do Rio São Francisco. (Como em todo o Brasil, nestas terras hoje carinhanhenses habitavam os nossos ancestrais: os índios.)
Foto: Manuel Nunes Viana (atribui-se)

A primeira família instalou o seu morgado no litoral baiano, formando a dinastia da Casa da Torre, dos Garcia d'Ávila. Mas a Casa da Torre, segundo Pedro Calmon, se distraiu e quando foi advertida, os Guedes de Brito já tinha montado oito curais de gado, no sertão da Bahia.

O morgado dos Guedes de Brito, conhecido por dinastia da Casa da Ponte, tornou-se tão poderoso que os Garcia d'Ávila preferiam uma convivência pacífica a um enfrentamento belicoso. As duas Casas (ou famílias) decidiram, então, repartir entre si a ocupação das terras do Sertão do São Francisco, considerando-se como os legítimos herdeiros dos despojos de uma guerra tida como justa.

A guerra travada no Vale do São Francisco contra os nativos teria sido uma guerra contra pagãos, os quais, infelizmente, eram considerados como bichos.

No século XVII, essas terras já integravam a Sesmaria do Itapicurú e Rio São Francisco, doadas em conjunto ao Mestre de Campos, Antônio Guedes de Brito e Bernardo Vieira Ravasco, por volta do mês do agosto de 1693.

Com Antonio Guedes de Brito, investido na patente de Mestre de Campos, coube desbravar o sertão do Vale do São Francisco. Segundo alguns historiadores, ele teria partido com duzentos homens rumo ao vale, mais teria sido morto, não completando a sua missão de "pacificar" o vale, combatendo índios e negros aquilombados.

Para o seu posto foi nomeado o General Mathias Cardoso de Almeida, o qual teria posto fim à desordem com um verdadeiro massacre de índios e negros.

Entretanto, antes de morrer, Antônio Guedes de Brito, teria constituído Manoel Nunes Viana como procurador de suas duas filhas: Isabel e Joana Guedes de Brito. Coube a Manoel Nunes Viana estender os domínios dos Guedes de Brito, do Morro do Chapéu à Sabarabuçu, hoje Sabará, em Minas Gerais.

O resto desta história de Carinhanha, até nossos dias, você confere em nosso blog Carinhanha Hoje. Ou seja, em 1709, foi fundada a vila de San Joze de Carunhenha, onde foi montado o seu quartel general.

Em 17 de novembro, Manoel Nunes Viana seguiu para a Capitania de São Vicente, onde lutou na Guerra dos Emboabas, retornando em 1712, seguindo a rota do ouro pelo Rio das Velhas, afluente do São Francisco. Finalmente, a Sesmaria de São José de Carinhanha foi doada ao sesmeiro Athanásio de Siqueira Brandão.

Edição com informações do IBGE.