História de Carinhanha - BA: parte 3 (por Honorato Ribeiro )

Prosseguindo o nosso registro histórico sobre Carinhanha, à luz da obra do seu ilustre historiador Honorato Ribeiro, vale lembrar que por aqui houve muitas mortes durante o processo de formação.

A maioria dos habitantes da cidade correu amedrontada com os acontecimentos que envolviam a tomada do poder da cidade a bala, e muitos não voltaram mais à terra natal. Essa história negra dos coroneis em Carinhanha durou até o ano de 1928.

Carinhanha só veio ter paz com a posse de José de Oliveira Lisboa, no ano de 1942, com o apoio do governador da Bahia, Pedro Aleixo Pinto, conhecido por Pinto Aleixo. Ainda havia rixas políticas dos aliados e fanáticos do coronel João Duque (essa herança maldita deixou determinados traços na "personalidade política" do povo carinhanhense, que até hoje são sentidos).

Houve, em todo o Brasil, eleição democrática em 1946 e Alípio José de Moura foi eleito. Este, portanto, foi o primeiro prefeito democrático escolhido pelo voto livre de homens e mulheres nas urnas.

Embora nos livros editados por Honorato, que narram a história de Carinhanha, seja afirmado que  quem descobriu Carinhanha foi o bandeirante Manuel Nunes Viana, o próprio autor diz que "não tem prova nenhuma e nem fonte onde comprovasse que ele fosse bandeirante e o descobridor de Carinhanha".

Os escritores que falam da existência de Manuel Nunes Viana, um português que morou numa fazenda em Minas Gerais, foram: o escritor mineiro, Manuel Ambrósio; Charles Ralph Baxer, no seu livro, Idade do Ouro do Brasil; Donaldo Pierson - O Homem no Vale do São Francisco; Barbosa Lima Sobrinho - Pernambuco e o São Francisco; Euclides da Cunha – Os Sertões; Carlos Lacerda – Desafio e Promessa do Rio São Francisco; Geraldo Rocha – O Rio São Francisco; Erivaldo Fagundes Neves – Uma Comunidade Sertaneja da Sermaria ao Minifundo; Diogo de Vasconcelo – História Antiga das Minas Gerais, volume II; Pedro Calmon – História da Casa da Torre; Capristano de Abreu – Capítulo da História Colonial, 1500; André João Antonil – Cultura e Opulência do Brasil; Cel. Inácio Acciole de Cerqueira e Silva e Dr. Braz do Amaral – Memórias Históricas e política da Bahia, Vol. I ao V; e Mestre Afonso de Escragnolle Taunay – Histórias das Bandeiras Paulistas, Vol. II,

Nenhum comentário:

Postar um comentário